São vários os nomes que surgem em consequencia das confissões do " Dente D'ouro" e de outras investigações.
Indiquemos os mais sonantes:
o Padre Maximiliano Lima, (Sergio Moras) natural de Estivães, Moncorvo, conterraneo de Abel Olimpio (Luis Thomar), organizador do grupo de marinheiros que irá praticar os raptos criminosos.
Gastão de Melo e Matos (Pedro Borges), oficial do Exercito e escritor, de Aveiro. Expulso do Exercito por ter participado na intentona monárquica de Monsanto de 1919, terminou a sua carreira politica como vogal da Comissão de Censura dos Espectáculos do Estado Novo.
Carlos Pereira (Sergio Moura Afonso), proprietário da Companhia das Àguas de Lisboa, financiou o movimento da " Noite Sangrenta". A sua acção insere-se fundamentalmente na defesa do seu interesse económico privado e não numa acção política fundamentada.
Alfredo da Silva (João D'Avila) , o maior industrial português da sua época, tem uma longa carreira de intima ligação entre a politica e os negócios.Foi deputado monárquico no partido do ditador João Franco e senador com Sidónio Pais. Apoiou este golpe e o 28 de Maio, sendo recompensado com a concessão do milionário negócio dos tabacos, fundando A Tabaqueira.
Proprietário do jornal "A Imprensa da Manhã", principal orgão instigador dos crimes de 19 de Outubro, apelidava o jornal da sua "amante mais cara".
Augusto Gomes ( Ruben Garcia), marinheiro que chegou a empresário teatral com concessao do Teatro Nacional D. Maria, foi claramente um elemento importante no terreno das operações. Como se percebe indirectamente pelos seus testemunhos no tribunal que julgou os marinheiros. Acabou por ser uma figura mediática pelo assassinato da actriz Maria Alves e já tinha um passado com mortes suspeitas de um marinheiro e mulheres com quem tinha vivido.
Tirando este caso especial, todos os mandantes e colaboradores dos crimes acabaram por morrer em paz.
Tinha-se dado o 28 de Maio e abateu-se sobre esta tragédia um oportuno manto de silencio.
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