... aqui
e sobre o encenador aqui
O MISTÉRIO DA CAMIONETA FANTASMA
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
A ESTREIA FOI ONTEM!
Ontem foi a estreia, com lotação esgotada e com muito boa aceitação por todo o público que assistiu.
Hoje aqui vão dois pequenos videos de um dos últimos ensaios.
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
As mortes da "Noite Sangrenta"
A camioneta que transportava os "bravos" e heroicos marinheiros raptou e assassinou figuras relevantes da Republica.
António Granjo, primeiro ministro cessante, Carlos da Maia (Adérito Lopes), oficial da Marinha, ex-governador de Macau e comandante da abordagem ao cruzador D. Carlos no 5 de Outubro, Machado Santos (Sérgio Moras), o herói da Rotunda, Freitas da Silva, ex-chefe de gabinete do ministro da Marinha do governo de António Granjo, coronel de cavalaria Botelho de Vasconcelos, e taxista Gentil.
Os mandantes dos crimes acabaram por revelar que a infiltração do movimento revolucionário obedecia ao plano de posteriormente o "empalmar", perseguir e executar nomes constantes de uma lista e assim vingara morte deEl.Rei D. Carlos e do principe Filipe.
As investigações de Berta Maia ( Rita Fernandes), dos policias Barbosa Viana( João D'Avila) e Virgilio Pinhão (Sérgio Moras) revelaram o plano dos crimes e os nomes do cérebro organizador da matança.
Mas com o golpe do 28 de Maio e o início da Ditadura o processo nunca foi reaberto. O que cria a situação insólita de se continuar a "vender a ideia" de terem sido Republicanos e Revolucionários os executores desses crimes!
Santa paciência!
António Granjo, primeiro ministro cessante, Carlos da Maia (Adérito Lopes), oficial da Marinha, ex-governador de Macau e comandante da abordagem ao cruzador D. Carlos no 5 de Outubro, Machado Santos (Sérgio Moras), o herói da Rotunda, Freitas da Silva, ex-chefe de gabinete do ministro da Marinha do governo de António Granjo, coronel de cavalaria Botelho de Vasconcelos, e taxista Gentil.
Os mandantes dos crimes acabaram por revelar que a infiltração do movimento revolucionário obedecia ao plano de posteriormente o "empalmar", perseguir e executar nomes constantes de uma lista e assim vingara morte deEl.Rei D. Carlos e do principe Filipe.
As investigações de Berta Maia ( Rita Fernandes), dos policias Barbosa Viana( João D'Avila) e Virgilio Pinhão (Sérgio Moras) revelaram o plano dos crimes e os nomes do cérebro organizador da matança.
Mas com o golpe do 28 de Maio e o início da Ditadura o processo nunca foi reaberto. O que cria a situação insólita de se continuar a "vender a ideia" de terem sido Republicanos e Revolucionários os executores desses crimes!
Santa paciência!
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
Os artistas e intelectuais
Como se sabe, a influência do mundo artístico e intelectual na defesa ou na oposição aos Governos é muitas vezes determinante.
O 25 de Abril em Portugal, que derrubou o regime de 48 anos de Ditadura sem disparar um tiro,beneficiou evidentemente de todo um país que mental, afectiva e ideologicamente estava maioritariamente contra o fascismo.
Também na época da "Noite Sangrenta" essas forças actuavam e tinham importância.
O movimento "ORPHEU" de 1915, anti-Republicano e futurista na linha de Marinetti futuro apoiante de Mussolini, era um movimento vanguardista que serviria, na sua maioria, de apoio à Ditadura Salazarista.
As figuras mais célebres foram António Ferro (Sérgio Moras) jornalista e escritor brilhante que faria a célebre entrevista que lançou Salazar, Raul Leal (Ruben Garcia) , poeta e homossexual assumido, Fernanda de Castro (Vânia Naia), poetisa, escritora, mulher de António Ferro, Almada Negreiros (Adérito Lopes), Fernando Pessoa , que escreveria mais tarde o poema de homenagem a Sidónio Pais - Ao Presidente-Rei Sidónio Pais.
Seguem-se vários movimentos culturais que vão sendo testemunho do modernismo e futurismo.
Já nos anos 20 surge a " Seara Nova" com António Sérgio, Jaime Cortesão Sérgio Moura Afonso), Raul Proença (Ruben Garcia) e outros
Comentaram os acontecimentos de 19 de Outubro com os seguintes textos:
Jaime Cortesão - (com um exemplar da Seara Nova) – O que vai sair daqui? Quem esperará ver nos ministérios que se seguirem outra coisa que não seja ministérios de simples expediente administrativo?
E isto quando a força das coisas e a própria lógica nos não levarem para uma ditadura militar, com toda a opressão do sistema militar e o predomínio dos interesses militares.
Nós, que fizemos o voto de dizer toda a verdade, levantamos a nossa voz de protesto e acusação. Fundámos a revista “Seara Nova” e acusamos os de ontem e os de hoje.
Os que já fizeram o mesmo e agora condenam os outros, e os que, para corrigir os erros passados, começam por seguir os métodos do passado. Acusamos os partidos da oposição, que conheciam o que se ia passar e nada fizeram para evitar a catástrofe.
Raul Proença – (c/ ex. Seara Nova) Na “Seara Nova” acusamos os que fomentaram todas as desordens, os que fizeram silêncio sobre todos os desvarios demagógicos, que não tiveram uma palavra de condenação e de proscrição para os miseráveis que, dizendo-se seus partidários desmentiam todos os sentimentos de humanidade. Acusamos os potentados da finança (exploradores, especuladores, açambarcadores, falsificadores, inimigos do povo) que vivem de sugar todo o sangue da Nação pelas ventosas da sua ambição desmedida.
O 25 de Abril em Portugal, que derrubou o regime de 48 anos de Ditadura sem disparar um tiro,beneficiou evidentemente de todo um país que mental, afectiva e ideologicamente estava maioritariamente contra o fascismo.
Também na época da "Noite Sangrenta" essas forças actuavam e tinham importância.
O movimento "ORPHEU" de 1915, anti-Republicano e futurista na linha de Marinetti futuro apoiante de Mussolini, era um movimento vanguardista que serviria, na sua maioria, de apoio à Ditadura Salazarista.
As figuras mais célebres foram António Ferro (Sérgio Moras) jornalista e escritor brilhante que faria a célebre entrevista que lançou Salazar, Raul Leal (Ruben Garcia) , poeta e homossexual assumido, Fernanda de Castro (Vânia Naia), poetisa, escritora, mulher de António Ferro, Almada Negreiros (Adérito Lopes), Fernando Pessoa , que escreveria mais tarde o poema de homenagem a Sidónio Pais - Ao Presidente-Rei Sidónio Pais.
Seguem-se vários movimentos culturais que vão sendo testemunho do modernismo e futurismo.
Já nos anos 20 surge a " Seara Nova" com António Sérgio, Jaime Cortesão Sérgio Moura Afonso), Raul Proença (Ruben Garcia) e outros
Comentaram os acontecimentos de 19 de Outubro com os seguintes textos:
Jaime Cortesão - (com um exemplar da Seara Nova) – O que vai sair daqui? Quem esperará ver nos ministérios que se seguirem outra coisa que não seja ministérios de simples expediente administrativo?
E isto quando a força das coisas e a própria lógica nos não levarem para uma ditadura militar, com toda a opressão do sistema militar e o predomínio dos interesses militares.
Nós, que fizemos o voto de dizer toda a verdade, levantamos a nossa voz de protesto e acusação. Fundámos a revista “Seara Nova” e acusamos os de ontem e os de hoje.
Os que já fizeram o mesmo e agora condenam os outros, e os que, para corrigir os erros passados, começam por seguir os métodos do passado. Acusamos os partidos da oposição, que conheciam o que se ia passar e nada fizeram para evitar a catástrofe.
Raul Proença – (c/ ex. Seara Nova) Na “Seara Nova” acusamos os que fomentaram todas as desordens, os que fizeram silêncio sobre todos os desvarios demagógicos, que não tiveram uma palavra de condenação e de proscrição para os miseráveis que, dizendo-se seus partidários desmentiam todos os sentimentos de humanidade. Acusamos os potentados da finança (exploradores, especuladores, açambarcadores, falsificadores, inimigos do povo) que vivem de sugar todo o sangue da Nação pelas ventosas da sua ambição desmedida.
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
Quem mandou executar os crimes?
São vários os nomes que surgem em consequencia das confissões do " Dente D'ouro" e de outras investigações.
Indiquemos os mais sonantes:
o Padre Maximiliano Lima, (Sergio Moras) natural de Estivães, Moncorvo, conterraneo de Abel Olimpio (Luis Thomar), organizador do grupo de marinheiros que irá praticar os raptos criminosos.
Gastão de Melo e Matos (Pedro Borges), oficial do Exercito e escritor, de Aveiro. Expulso do Exercito por ter participado na intentona monárquica de Monsanto de 1919, terminou a sua carreira politica como vogal da Comissão de Censura dos Espectáculos do Estado Novo.
Carlos Pereira (Sergio Moura Afonso), proprietário da Companhia das Àguas de Lisboa, financiou o movimento da " Noite Sangrenta". A sua acção insere-se fundamentalmente na defesa do seu interesse económico privado e não numa acção política fundamentada.
Alfredo da Silva (João D'Avila) , o maior industrial português da sua época, tem uma longa carreira de intima ligação entre a politica e os negócios.Foi deputado monárquico no partido do ditador João Franco e senador com Sidónio Pais. Apoiou este golpe e o 28 de Maio, sendo recompensado com a concessão do milionário negócio dos tabacos, fundando A Tabaqueira.
Proprietário do jornal "A Imprensa da Manhã", principal orgão instigador dos crimes de 19 de Outubro, apelidava o jornal da sua "amante mais cara".
Augusto Gomes ( Ruben Garcia), marinheiro que chegou a empresário teatral com concessao do Teatro Nacional D. Maria, foi claramente um elemento importante no terreno das operações. Como se percebe indirectamente pelos seus testemunhos no tribunal que julgou os marinheiros. Acabou por ser uma figura mediática pelo assassinato da actriz Maria Alves e já tinha um passado com mortes suspeitas de um marinheiro e mulheres com quem tinha vivido.
Tirando este caso especial, todos os mandantes e colaboradores dos crimes acabaram por morrer em paz.
Tinha-se dado o 28 de Maio e abateu-se sobre esta tragédia um oportuno manto de silencio.
Indiquemos os mais sonantes:
o Padre Maximiliano Lima, (Sergio Moras) natural de Estivães, Moncorvo, conterraneo de Abel Olimpio (Luis Thomar), organizador do grupo de marinheiros que irá praticar os raptos criminosos.
Gastão de Melo e Matos (Pedro Borges), oficial do Exercito e escritor, de Aveiro. Expulso do Exercito por ter participado na intentona monárquica de Monsanto de 1919, terminou a sua carreira politica como vogal da Comissão de Censura dos Espectáculos do Estado Novo.
Carlos Pereira (Sergio Moura Afonso), proprietário da Companhia das Àguas de Lisboa, financiou o movimento da " Noite Sangrenta". A sua acção insere-se fundamentalmente na defesa do seu interesse económico privado e não numa acção política fundamentada.
Alfredo da Silva (João D'Avila) , o maior industrial português da sua época, tem uma longa carreira de intima ligação entre a politica e os negócios.Foi deputado monárquico no partido do ditador João Franco e senador com Sidónio Pais. Apoiou este golpe e o 28 de Maio, sendo recompensado com a concessão do milionário negócio dos tabacos, fundando A Tabaqueira.
Proprietário do jornal "A Imprensa da Manhã", principal orgão instigador dos crimes de 19 de Outubro, apelidava o jornal da sua "amante mais cara".
Augusto Gomes ( Ruben Garcia), marinheiro que chegou a empresário teatral com concessao do Teatro Nacional D. Maria, foi claramente um elemento importante no terreno das operações. Como se percebe indirectamente pelos seus testemunhos no tribunal que julgou os marinheiros. Acabou por ser uma figura mediática pelo assassinato da actriz Maria Alves e já tinha um passado com mortes suspeitas de um marinheiro e mulheres com quem tinha vivido.
Tirando este caso especial, todos os mandantes e colaboradores dos crimes acabaram por morrer em paz.
Tinha-se dado o 28 de Maio e abateu-se sobre esta tragédia um oportuno manto de silencio.
terça-feira, 7 de setembro de 2010
O Julgamento
Finalmente, em Fevereiro de 1923, acabou o julgamento dos bárbaros crimes do 19 de Outubro de 1921. O acusador público foi o general Oscar Fragoso Carmona (Sergio Moras), que se tornaria anos mais tarde o protector de Salazar e Presidente da Ditadura. Apesar das pressões Monarquicas e reaccionárias os participantes do golpe militar da manhã de 19 de Outubro foram absolvidos, assim se provando que a acção da camioneta fantasma durante a tarde e a noite do mesmo dia não tem nada a ver com o golpe do tenente Manuel Maria Coelho, heroi do 31 de janeiro de 1891. No tribunal, Abel Olimpio (Luis Thomar) teve a desfaçatez de acusar o Governo de "não saber guardar as moradias dos cidadãos ameaçados por facínoras que poderiam andar toda a noite a cometer crimes que ninguém surgiria para os evitar". E Berta Maia foi premonitória: Tu falarás, não hoje, neste Tribunal, mas mais tarde, tu falarás. Finalmente as sentenças: Abel Olímpio (o Dente de Ouro) Heitor Gilman e José Carlos, 10 anos de prisão maior e 20 de degredo, Mário de Sousa, Acácio Cardoso, Matías Carvalho, Palmela Arrebenta, José Maria Felix, Acácio Ferreira, 8 anos de prisão maior seguidos de 20 de degredo (redução de voz). Benjamim Pereira, Manuel Aprígio, Baltazar de Freitas... Mas Rocha Martins, o jornalista escreveu :- Condenados só vi, até agora, os executores, aqueles cujas culpas não oferecem dúvidas. Trabalharam por sua conta estes carrascos? Saiu das suas cabeças essa ideia terrível de assassinar gente honrada e deixar com vida tantos miseráveis? Quem preparou a aura do terror? Das suas revelações é que depende a justiça, não a do tribunal republicano, que só condena marujos e soldados, mas a outra, a que algum dia, tarde ou cedo, se fará em nome da Nação. E anos mais tarde, devido à persistencia de Berta Maia, houve respostas às perguntas de Rocha Martins
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
O Mistério da Camioneta Fantasma
Vou começar a definir as linhas condutoras da peça e do espectáculo.
Nesta primeira mensagem falemos dos personagens que constituem a trama dramática dos acontecimentos da Noite Sangrenta.
São eles Berta Maia, a viúva do comandante Carlos da Maia, interpretada por Rita Fernandes e Abel Olímpio, o "Dente D'Ouro" (Luís Thomar), cabo da Armada que prendeu Carlos da Maia e o levou à morte.
A valentia e persistência de Berta Maia foi o elemento essencial que permitiu que se desvendasse o mistério- chave destes acontecimentos: quem estava na sombra e tinha mandado executar esses crimes?
Abel Olímpio acaba por começar a confessar depois de anos de insistência de Berta Maia. E diz que só começou a confessar porque o empresário teatral Augusto Gomes (Ruben Garcia) tinha sido preso pelo assassinato da actriz Maria Alves. E revela a biografia desse "artista": antigo marinheiro, tinha assassinado outro marinheiro para o roubar e tinham desaparecido mulheres com quem tinha vivido. De certeza que era bem visto por algumas forças importantes da sociedade, pois tinha tinha conseguido a concessão do Teatro Nacional D. Maria !
Nesta primeira mensagem falemos dos personagens que constituem a trama dramática dos acontecimentos da Noite Sangrenta.
São eles Berta Maia, a viúva do comandante Carlos da Maia, interpretada por Rita Fernandes e Abel Olímpio, o "Dente D'Ouro" (Luís Thomar), cabo da Armada que prendeu Carlos da Maia e o levou à morte.
A valentia e persistência de Berta Maia foi o elemento essencial que permitiu que se desvendasse o mistério- chave destes acontecimentos: quem estava na sombra e tinha mandado executar esses crimes?
Abel Olímpio acaba por começar a confessar depois de anos de insistência de Berta Maia. E diz que só começou a confessar porque o empresário teatral Augusto Gomes (Ruben Garcia) tinha sido preso pelo assassinato da actriz Maria Alves. E revela a biografia desse "artista": antigo marinheiro, tinha assassinado outro marinheiro para o roubar e tinham desaparecido mulheres com quem tinha vivido. De certeza que era bem visto por algumas forças importantes da sociedade, pois tinha tinha conseguido a concessão do Teatro Nacional D. Maria !
domingo, 5 de setembro de 2010
Ensaio
Mais um pequeno vídeo para aguçar a curiosidade.
Rita Fernandes - Berta Maia
Célia Alturas - Condessa de Ficalho
Vânia Naia - Condessa de Tarouca
Camponeses - Luis Thomar, Sérgio Moras, Pedro Borges e Adérito Lopes
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
Segunda Semana de Ensaios
O calor aperta, o entusiasmo cresce, as propostas cénicas surgem e a criativadade brota.
sábado, 28 de agosto de 2010
O que dizem de nós - 1
Simpático e encorajador comentário de uma grande amiga.
Fernanda Quindere in facebook
Percebo que será mais uma montagem de sucesso de A Barraca com direção de Hélder Costa. Oportuna a denuncia dos crimes justo no centenário da República. Elenco maravilhoso!!
Fernanda Quindere in facebook
Subscrever:
Mensagens (Atom)